Français: La Révolte des ratés est une brillante bande dessinée. Le tout s'inscrit dans un contexte de lutte des classes et de mouvements sociaux apparu à la fin des années 60. L'ouvrage commence par présenter les deux mondes, celui du ratés et du parfaits, qui n'est qu'un miroir du nôtre. La construction du monde est fondamentale dans ce travail, Buzzelli crée un monde de ségrégation, d'exploitation et d'aliénation, ce monde à son tour est une représentation parfaite de notre société. Dans cette œuvre, Buzzelli expose tout ce qui est mauvais dans notre société, la bande dessinée est une formidable métaphore de l'exploitation de classe.
Transition entre humour et tragédie, cette œuvre présente une bonne conscience de classe, je considère que c'est le point principal de l'œuvre. Cela sensibilise naturellement la classe. Sa fin est excellente et touche à un point dont on parle peu. Lorsque les ratés se révoltent et prennent le pouvoir, ils commettent les mêmes atrocités que les parfaits. La fin nous envoie un message sur la futilité de la violence et sur le fait que les opprimés peuvent aussi être des oppresseurs.
Portugais: A Revolta dos Hediondos é um quadrinho genial. Ele está todo inserido em um contexto de luta de classes e dos movimentos sociais que eclodiram no final da década de 60. A obra começa fazendo uma apresentação dos dois mundos, o dos hediondos e dos belos, que nada mais é que um espelho do nosso mundo. A construção de mundo é fundamental para essa obra, Buzzelli cria um mundo de segregação, exploração e alienação, esse mundo por sua vez é uma perfeita representação de nossa sociedade. Nessa obra, Buzzelli escancara tudo que há de ruim em nossa sociedade, o quadrinho é uma grande metáfora sobre a exploração de classes.
Transitando entre o humor e a tragédia, essa obra apresenta uma boa consciência de classe, considero esse o principal ponto da obra. Ela faz uma conscientização de classe de forma natural. O final dela é excelente e toca em um ponto não tão comentado. Os hediondos quando se revoltam e tomam o poder, fazem as mesmas atrocidades que os belos faziam. O final nos manda uma mensagem sobre a futilidade da violência e que o oprimido também pode ser um opressor.